DANFE: o que é, como funciona e como gerar?


DANFE: o que é, como funciona e como gerar?

O DANFE é uma representação impressa simplificada da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), e seu nome indica que é um Documento Auxiliar da NF-e.

É importante ressaltar que o DANFE não substitui a NF-e e não tem a mesma validade jurídica ou fiscal da Nota.

Em outras palavras, o DANFE apenas representa a NF-e de forma simplificada e permite acesso aos seus dados completos.

Informações principais

O DANFE inclui informações principais da NF-e e também uma chave numérica de 44 caracteres, além de um código de barras bidimensional que facilita sua leitura. Essa chave numérica é utilizada para acessar a versão digital completa da Nota correspondente.

Por meio dessa chave, os usuários podem comprovar a existência da NF-e por meio de consulta rápida à RFB ou às Secretarias de Fazenda Estaduais via internet. Em resumo, o DANFE é uma representação física simplificada da NF-e, enquanto a NF-e é o documento fiscal eletrônico completo e válido juridicamente.

Os padrões técnicos para elaboração do DANFE seguindo o padrão correto estão especificados no Portal da Nota Fiscal Eletrônica / Manual de Orientação do Contribuinte, alocado no site da Fazenda Nacional: http://www.nfe.fazenda.gov.br/ .

As informações básicas que o DANFE deve conter são: a chave de acesso à Nota Fiscal e seu respectivo código de barras; a correta identificação da empresa emissora; o número total de folhas e o número de ordem de cada folha; o número e a série; e o tipo de operação, especificando se o DANFE está atrelado a uma nota de entrada ou de saída. Emite-se apenas um DANFE para cada Nota Fiscal, ou seja, se em uma mesma nota houverem vários produtos listados, o DANFE poderá ser impresso em várias folhas.

Como o DANFE deve ser impresso

Entre as especificações de impressão, temos que o DANFE deve ser impresso em papel com tamanho mínimo 210 x 297 mm (padrão A4) e tamanho máximo 203 mm x 330mm (padrão ofício), não podendo ser utilizado papel jornal. Exceção ocorre nos casos em que a transação comercial dá-se fora do estabelecimento, quando então o DANFE denomina-se DANFE Simplificado e possui tamanho inferior ao padrão A4.

Em geral, o DANFE deve ser impresso anteriormente à circulação de mercadorias, de forma a acompanhar seu deslocamento desde o vendedor até o destinatário. É utilizado para auxiliar na fiscalização da operação, provendo o usuário interessado (em especial o Fisco) com informações a respeito do emitente, do destinatário, valores, data e horário de saída das mercadorias, placa do veículo utilizado e transportadora responsável, bem como permitindo a verificação do correto recolhimento de impostos.

Acaso o emissor não disponha de todas estas informações, elas não constarão da NF-e e nem do DANFE, considerando-se a data de emissão da NF-e como a data de saída da mercadoria. O DANFE também é utilizado para obtenção da assinatura do destinatário, comprovando assim a prestação dos serviços ou a entrega das mercadorias a que se refere. Da mesma forma, quando ocorre de o destinatário não ser contribuinte credenciado para emissão da NF-e, o DANFE facilita a correta escrituração das operações em questão.

Para gerar a DANFE, utilizam-se sistemas online

Para gerar a DANFE, utilizam-se sistemas online, para posterior impressão; ou seja, o DANFE Online nada mais é que a versão pré-impressa do DANFE, sendo apenas o seu gerador. É crucial que as informações constantes na NF-e e no DANFE sejam idênticas, portanto para evitar a ocorrência de erros recomenda-se a impressão do DANFE pelo mesmo sistema gerador da NF-e.

A geração do DANFe é bastante simples e prática: acessando-se o programa gerador do DANFE, é necessário informar a chave de acesso à NF-e ou então enviar informações em formato XML; a partir desses dados o programa irá gerar e disponibilizar o DANFE em formato PDF, para possibilitar sua impressão.

Entretanto, por não ter validade jurídica, o documento DANFE após impresso não precisa obrigatoriamente ser armazenado, embora muitos empresários optem por guardar o arquivo em formato PDF para o caso de perda do DANFE original e necessidade de sua reimpressão.

Porém, é de suma importância que tanto o emissor quanto o destinatário armazenem por no mínimo cinco anos o arquivo XML da Nota Fiscal, de acordo com o prazo atual estabelecido pela legislação fiscal e tributária. Este armazenamento garante que possam ser comprovadas as transações comerciais incorridas, em caso de fiscalização tributária.

A importância do DANFE

O DANFE demonstra a legalidade dos serviços prestados e do processo de compra e venda de produtos, facilitando o acesso à informação por meio de um processo bastante transparente e, com a utilização do mesmo programa para geração da NF-e e do DANFE online temos também a redução dos erros de escrituração, considerando-se que as informações provém de uma mesma base, otimizando-se assim o tempo e facilitando ainda mais o processo, tanto para as empresas quanto para o Governo.

Diferenças entre DANFE e Nota Fiscal Eletrônica?

DANFE e nota fiscal eletrônica são diferentes. A Nota Fiscal é um documento muito conhecido por todos nós, que lidamos com ela diariamente, seja como consumidores ou empresários. É obrigatório emitir a Nota Fiscal em todas as vendas, independente de estar relacionada a produtos ou serviços, pois ela traz informações importantes sobre a transação comercial ocorrida.

A não emissão da Nota Fiscal é considerada sonegação fiscal, pois o documento é um recibo que comprova a transação e é utilizado para o recolhimento de impostos, tais como o ISSQN, ICMS e IPI, dentre outros.

A Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) foi criada em 2007 pelo Governo Federal como parte do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED). A NF-e existe somente em formato digital e é emitida e armazenada eletronicamente.

A substituição do papel pelo modelo digital é uma das principais vantagens da NF-e, que busca reduzir a sonegação fiscal por meio de um melhor controle e transparência dos processos. Além disso, a implantação da NF-e contribui para a redução de custos relacionados à impressão e transporte de papel, uma vez que a documentação fiscal passa a ser transmitida eletronicamente.

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Paula Ferraz de Lima

Editora

Paula Ferraz é formada em Jornalismo pela universidade Estácio de Sá. Com mais de 10 anos de experiência como empresária, escreve artigos voltados para esse tema desde 2012. Desde cedo, demonstrou interesse por pequenos negócios e por tudo o que está relacionado ao cenário empreendedor.