Organize já a sua rotina para vender sob encomenda!


Organize já a sua rotina para vender sob encomenda

Existem diversos modelos de negócios que funcionam bem melhor quando funcionam com sistema delivery, como é o caso das pizzarias e restaurantes. Porém, pode não ser a melhor alternativa para empresas que ainda não dispõem de recursos ou experiência para montar um esquema de entregas completo.

Conciliar a produção sob demanda com a lucratividade pode ser realmente difícil. Entretanto, desde que você saiba se organizar, é possível atender a pedidos específicos sem prejudicar a rentabilidade dos investimentos.

Essa é uma questão que se impõe no dia a dia de profissionais como artesãos, serralheiros, confeiteiros e muitos outros. E é para ajudar esses profissionais que preparamos esta matéria. Confira o artigo e certamente em algum ponto você identificará uma solução para suas vendas!

Produção sob demanda

Para seus clientes, as empresas estão cada vez mais focadas em suas demandas específicas por produtos perfeitamente adaptados às suas necessidades. Estes não podem ser fabricados de forma eficiente em processos e sistemas de fabricação já estabelecidos. Por isso, são necessárias alternativas e a produção orientada ao cliente é um bom exemplo. Essa produção sob demanda deve levar em conta os dois aspectos importantes e procurados: flexibilidade e rentabilidade; de acordo com os desejos do cliente.

O termo “sob demanda” refere-se à produção no momento exato em que um produto é necessário.

Identifique a viabilidade de vender sob encomenda

Existem duas questões que devem ser consideradas antes de iniciar ou estruturar uma produção conforme a demanda, que é a maturidade do seu negócio.

Se sua empresa está na fase inicial, sem uma clientela consolidada, talvez a venda sob encomenda seja arriscada no momento. Assim, esse é um modelo de negócios para quem já conta com algum tempo no mercado ou que busca melhorar os resultados. Confira algumas razões:

  • Empresas com mais tempo de mercado já têm uma ideia de quantos pedidos conseguem atender em um determinado período de tempo;
  • Para cada pedido feito, a experiência ajuda a identificar onde encontrar e quanto custa a matéria-prima;
  • Quando já existe um negócio ativo, a relação com os fornecedores é mais fluida, o que ajuda a conseguir matéria-prima mais rápido e com preços melhores;
  • Os “atalhos” já são conhecidos, ou seja, se o plano A não funcionar, pode-se recorrer a uma solução alternativa;
  • Os consumidores procuram já sabendo o que podem encomendar e suas expectativas podem ser mais bem atendidas.

Poderíamos colocar muitos outros fatores, contudo, esses já nos dão uma dimensão da responsabilidade envolvida na produção por demanda. Sendo assim, avalie suas reais capacidades de atendimento e só opere dessa forma se sentir que realmente terá como atender a todos os pedidos.

Conhecendo os custos fixos e variáveis na produção

Até mesmo para quem já tem um negócio estabelecido, é necessária grande capacidade no controle de produção para que seus custos fixos e variáveis sejam mensurados de forma precisa.

Resumidamente, podemos classificar como custo fixo todo aquele que não varia de acordo com o volume produzido. Por exemplo, se sua empresa funciona em um horário limitado, seus custos com luz, água e gás tenderão a ser sempre os mesmos.

No entanto, vamos supor que você tenha um negócio em casa no ramo de confeitaria e passe a fabricar mais brigadeiros em uma única produção. Você precisará gastar mais com os ingredientes para a fabricação desses brigadeiros extras. Portanto, esse é um custo variável, que não seria percebido se a produção não aumentasse.

O importante é compreender que essa classificação não é estática. Mudando o ponto de vista, vamos supor que sua empresa não tenha um horário fixo e que trabalhe até que o último pedido seja atendido.

Aqueles custos com luz, água e gás já não serão sempre os mesmos todo mês, o que implica em cálculos devido a essa variação no seu horário de funcionamento.

Sendo assim, só você poderá determinar com precisão o que é fixo e o que varia nos seus custos de produção. Conhecendo-os, terá a referência necessária para saber como vender sob encomenda.

Trabalhando com matéria-prima em estoque

Uma alternativa para quem dispõe de espaço e infraestrutura mínima, é manter e estocar a matéria-prima que será utilizada na produção. Nesse ponto, quem trabalha com alimentos precisa ter atenção redobrada, afinal, cada ingrediente apresenta um prazo de validade. Por isso, o controle de estoque é fundamental para quem deseja empreender de forma acertada.

Quem montou uma galeria de arte ou até mesmo artesãos que que acabaram de abrir uma empresa MEI, por outro lado, devem atentar para materiais que sejam, de fato, utilizáveis. De pouco adianta comprar um tecido ou uma coleção que não tenha demanda suficiente para justificar sua manutenção em estoque.

Em todo caso, vale experimentar o método de produção a partir de pedidos fechados e mediante sinal. Assim, você não precisará de um controle de estoque rigoroso e terá a garantia de que não deixará de receber pelo seu trabalho e tem a certeza de que o produto a ser fabricado não será recusado pelo cliente.

Vale também ter total atenção à qualidade e à obediência ao que foi pedido. Nada de abusar da criatividade ou você corre o risco de ter que produzir outra peça. Assim você otimiza seus materiais em estoque, reduzindo desperdício.

E lembre-se: se você não puder atender àquele pedido no prazo estipulado e na forma desejada, dizer “não” de forma respeitosa é muito melhor do que produzir algo que não era o que o cliente queria.

Estruturando formatos híbridos de fabricação

Existe também a possibilidade de sazonalidades em seu negócio forçarem sua empresa a desenvolver métodos mistos de fabricação.

Ser sazonal significa vender mais em certas épocas e menos em outras.

Nesse sentido, podemos citar lojas de roupas de praia, que vendem mais no verão, ou de roupas de frio, cujas vendas “aquecem” em estações como outono e inverno.

Tendo em vista esse aspecto, considere três alternativas a serem exploradas:

  • Produtos disponíveis em estoque — sua empresa disponibiliza um catálogo de produtos, em que as mercadorias são expostas já prontas para venda;
  • Entrega customizada — o cliente poderá “montar” o produto de acordo com as opções que você disponibilizar. Assim, fica mais fácil prever o custo por produto e o controle do estoque, se houver;
  • Encomenda conforme a demanda — como esse é um tipo de produto feito a partir do pedido do cliente, o custo será necessariamente maior. O fator decisivo é a imprevisibilidade dos itens em estoque e do tempo maior para sua confecção.

Não tenha receio em perder clientes ao estipular critérios para produzir suas mercadorias. Na verdade, esse será um ponto favorável para seu negócio, pois transparece mais organização e capacidade de atendimento. No final, todos saem ganhando.

Se suas mercadorias serão entregues no endereço informado pelo cliente, considere também os custos com o frete e transporte e se os produtos não correm risco de avarias em trânsito. Ofereça facilidades, desde que sua empresa conte com a infraestrutura adequada para isso.

Com todos os desafios implicados em vender sob encomenda, vale a pena investir nesse formato se sua empresa já conta com demanda suficiente. Desde que haja planejamento e controle das etapas da produção, essa é uma fórmula que tem tudo para dar certo!

Agora que você está bem informado sobre como vender produtos sob encomenda e os processos envolvidos na produção, compartilhe agora mesmo esse artigo em suas redes sociais favoritas e expanda as possibilidades para você e seu negócio!

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Paula Ferraz de Lima

Editora

Paula Ferraz é formada em Jornalismo pela universidade Estácio de Sá. Com mais de 10 anos de experiência como empresária, escreve artigos voltados para esse tema desde 2012. Desde cedo, demonstrou interesse por pequenos negócios e por tudo o que está relacionado ao cenário empreendedor.